"A virtude é aquilo que leva o povo a estar em harmonia com o seu governante." em "A Arte da Guerra" de Sun Tzu
No atual cenário político, económico, financeiro, social, harmonia entre o povo e os seus governantes é coisa rara.
Mesmo assim, existe uma franja do povo que vai entendendo que as chamadas «medidas de austeridade» são apenas regras (rígidas e severas, é certo) impostas por quem emprestou dinheiro ao Estado português quando o Estado português precisou e pediu.
Esta pequena parcela de pessoas, poder-se-á dizer que, está em alguma harmonia com os seus governantes.
Para que isso possa continuar a acontecer é necessária a tal virtude de ambas as partes. Por um lado, o povo é virtuoso ao aceitar as restrições, os aumentos, a perda de poder de compra, a diminuição da qualidade de vida, tudo em prol da esperança que se possa chegar a bom porto. E digo esperança porque certezas, ninguém, de forma honesta, as poderá ter. Por outro lado, o governo deveria ser virtuoso nas suas decisões, coerente na dicotomia do discurso e da prática, na responsabilidade, na autodisciplina, na contenção de gastos, e nas... nomeações.
Nada tenho contra a pessoa e autarca Manuel Frexes. Não o conheço pessoalmente nem conheço as suas aptidões técnicas, profissionais ou políticas. Não sei se tem experiência ou trabalho demonstrado para poder ser um bom administrador das Águas de Portugal (AdP) ou de qualquer outra empresa. Aquilo que sei é que a sua atual condição é de presidente de uma autarquia que está em litígio com a Adp.
Manda a virtude, que ponderar a nomeação deste autarca para o cargo de administrador de um empresa que está em litígio de milhões de euros com a autarquia de que o senhor ainda é presidente, é um disparate, nada virtuoso, desaconselhável, perigoso, imoral e até, perdoem-me os visados, estúpido.
Quando se deveria tentar alcançar a harmonia por via da virtude, este governo acaba por dar um tiro no pé no que diz respeito às nomeações. Fica coxo na sua credibilidade e no seu bom senso. Fica coxo na moral. Fica coxo perante a tal quota de pessoas que entendem a necessidade dos sacrifícios.
"O general é o baluarte do país. (...) Se o baluarte é imperfeito, o país é seguramente fraco." em "A Arte da Guerra" de Sun Tzu.
Nas nomeações, o governo foi imperfeito e o povo torna-se seguramente mais inseguro e desconfiado. É Portugal que também fica mais fraco.
Resta-me a esperança, porque certezas não as há, que não haja consenso dos vários acionistas públicos da AdP e que o consequente despacho para a dita nomeação fique pelo caminho.
Em nome da virtude e da harmonia.
Nada tenho contra a pessoa e autarca Manuel Frexes. Não o conheço pessoalmente nem conheço as suas aptidões técnicas, profissionais ou políticas. Não sei se tem experiência ou trabalho demonstrado para poder ser um bom administrador das Águas de Portugal (AdP) ou de qualquer outra empresa. Aquilo que sei é que a sua atual condição é de presidente de uma autarquia que está em litígio com a Adp.
Manda a virtude, que ponderar a nomeação deste autarca para o cargo de administrador de um empresa que está em litígio de milhões de euros com a autarquia de que o senhor ainda é presidente, é um disparate, nada virtuoso, desaconselhável, perigoso, imoral e até, perdoem-me os visados, estúpido.
Quando se deveria tentar alcançar a harmonia por via da virtude, este governo acaba por dar um tiro no pé no que diz respeito às nomeações. Fica coxo na sua credibilidade e no seu bom senso. Fica coxo na moral. Fica coxo perante a tal quota de pessoas que entendem a necessidade dos sacrifícios.
"O general é o baluarte do país. (...) Se o baluarte é imperfeito, o país é seguramente fraco." em "A Arte da Guerra" de Sun Tzu.
Nas nomeações, o governo foi imperfeito e o povo torna-se seguramente mais inseguro e desconfiado. É Portugal que também fica mais fraco.
Resta-me a esperança, porque certezas não as há, que não haja consenso dos vários acionistas públicos da AdP e que o consequente despacho para a dita nomeação fique pelo caminho.
Em nome da virtude e da harmonia.
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