DOUTORES E ENGENHEIROS
Por estes dias, escrevi numa rede social: «A
bajulação e o excesso de formalismo bacoco ainda existente em Portugal
fomenta a desresponsabilização e acentua os "gaps" sociais».
O
nosso estado (nos idos anos 90) padeceu da loucura das estatísticas e
rakings da União Europeia. Entre muitas, a da educação e nível de
formação académica, foi das que mais se destacou.
Não obstante, poderia ter sido um facto que não tivesse contagiado as pessoas. Mas contagiou, à semelhança da regra geral lusitana em assimilar rapidamente os maus exemplos.
Não obstante, poderia ter sido um facto que não tivesse contagiado as pessoas. Mas contagiou, à semelhança da regra geral lusitana em assimilar rapidamente os maus exemplos.
E
há coisas que vêm sempre à tona. José Sócrates e Miguel Relvas fizeram o
"favor" de serem pioneiros na recente mediatização das falsas e/ou
duvidosas licenciaturas.
E para não deixar esta arte esquecida, Rui Roque e Nuno Félix mantiveram esta nova tradição governativa em alta.
Em
suma, são mais uns bajuladores oportunistas que necessitam do
formalismo bacoco de um título académico para poderem vingar na
decrépita rede de poder portuguesa.
Não me preocupa que este fenómeno possa existir noutras paragens; Preocupa-me a quantidade de casos que poderão existir na nossa sociedade (estado ou privados) que ainda não foram descobertos e andam para aí a decidir o meu presente e o meu futuro.
Não me preocupa que este fenómeno possa existir noutras paragens; Preocupa-me a quantidade de casos que poderão existir na nossa sociedade (estado ou privados) que ainda não foram descobertos e andam para aí a decidir o meu presente e o meu futuro.
OS LOUCOS QUE GOVERNAM
Há
uma tendência neste século XXI para alguns loucos chegarem ou tentarem
chegar ao poder. Muitos dizem (e até certo ponto concordo) que é a
falência da democracia tal como a conhecemos.
É
preocupante e preocupa-me que a classe política (por todo o mundo)
esteja a assistir passivamente a este fenómeno. Ainda mais preocupante é
a crescente aceitação e "carinho" que alguns povos parecem ter por
estes personagens. A história é cíclica, mas a memória, por vezes, é
curta.
Reconheço
que alguns daqueles que considero loucos, poderão ser os heróis para
muitos outros; veja-se o caso de Nicolás Maduro. Mas isso faz parte da
condição humana.
Esta semana ficámos a saber que um desses loucos, Rodrigo Duterte, recém-eleito presidente das Filipinas, tem uma linha de comunicação com Deus. Para um agnóstico como eu,
é difícil aceitar estas "conversações" entre um ser terrestre e o Ser
divino. Se juntarmos todas as atrocidades que Duterte tem cometido (e dito)
desde que foi eleito - e ainda só passaram seis meses desde a sua
eleição - podemos antever um novo epicentro de loucura pura, de
demagogia, e de perigos para todo o mundo: As Filipinas.
É bom ficarmos em alerta!
JORGE "CÉREBRO" JESUS
O
Sporting (SCP) cometeu, à 9ª jornada, a proeza de alcançar a condição
de dependência de um dos adversários directos para ser campeão. Nada está perdido, é
certo. Afinal, ainda faltam 25 jornadas e 75 pontos para disputar.
Apenas cumpriram-se 26% das jornadas e o SCP "só" perdeu, até à data,
33% dos pontos em disputa. Alguns, no passado, foram campeões em piores
condições à 9ª jornada.
O problema é o contexto.
Vejamos: Jorge Jesus chegou a Alvalade há 15 meses; Chegou rotulado
como "o melhor treinador português a actuar em Portugal"; Cumpriu uma
época inteira e preparou na totalidade a segunda época; Tem tido
condições e apoio directivo como nenhum outro treinador do SCP teve (que
eu me recorde); Dispôs do maior orçamento do clube para o futebol
profissional; Tem escolhido os "seus" jogadores de confiança (Bruno
César e Markovic, são os expoentes máximos); Reiterou até à exaustão a
sua responsabilidade pelos (aparentes) feitos da época passada e
melhoria de performance da equipa e jogadores.
E agora?
A confiança não impera, os resultados não aparecem, a desilusão cresce de dia para dia, os objectivos (práticos e exibicionais) distanciam-se a passos largos. As justificações recaem sempre sobre factores exógenos.
A confiança não impera, os resultados não aparecem, a desilusão cresce de dia para dia, os objectivos (práticos e exibicionais) distanciam-se a passos largos. As justificações recaem sempre sobre factores exógenos.
"(...) muitos dos reforços ainda estão numa 'espécie de pré-época'",
diz Jorge Jesus. Mas quem é que programou a pré-época? Quem é que
definiu o plantel? Quem é que escolhe "os melhores" para jogar cada
jogo?
O sucesso e mérito no futebol - com raras excepções - faz-se de resultados positivos, objectivos cumpridos e títulos.
Jorge Jesus, no SCP, está longe de ser uma dessas excepções. Se para muitos tem sido uma surpresa, para mim tem sido o confirmar do que vi em seis anos no lado de lá da 2ª circular.
O sucesso e mérito no futebol - com raras excepções - faz-se de resultados positivos, objectivos cumpridos e títulos.
Jorge Jesus, no SCP, está longe de ser uma dessas excepções. Se para muitos tem sido uma surpresa, para mim tem sido o confirmar do que vi em seis anos no lado de lá da 2ª circular.