terça-feira, 25 de novembro de 2014

O CASO

Não sou jurista. Não sou comentador profissional. Mas tenho opiniões.

#1 A prisão preventiva: Ocorre-me um nome - Fátima Felgueiras -. Excesso de zelo? Talvez. Mas não consigo deixar de pensar nas "férias" de Fátima Felgueiras em terras de Vera Cruz ou de Vale e Azevedo por terras de Sua Majestade.
 

#2 O mediatismo e o show off da comunicação social e das próprias instituições jurídicas: Exagerado? Se fosse o Sr. Antunes, gerente de balcão de uma qualquer dependência bancária, seria. Este é um caso de um ex-primeiro-ministro. É matéria do domínio público. São indícios de corrupção ainda no exercício dessas funções. O resto... o resto é o exagero próprio do mundo do espectáculo televisivo, seja para um ex-primeiro-ministro, seja para o melhor jogador português de futebol, seja para o vencedor de um qualquer reality show televisivo... são as audiências que comandam, e essas somos nós que as alimentamos.
 

#3 Culpado ou inocente: Cabe à justiça, e só à justiça, determinar. Todos nós poderemos ter a nossa opinião ou convicção, mas a justiça e os tribunais serão soberanos. Não deixo porém de reflectir o seguinte; na vida existe a verdade, existem os factos, existem as diferentes versões e interpretações do que aconteceu. Na justiça e nos tribunais apenas existem os factos provados, apenas conta o que juridicamente possa ser admissível. E isso, por vezes, resulta num fosso entre a verdade da vida e dos factos e entre o que a justiça determina como a verdade e os factos provados. Mas esse é o preço de um estado de direito, de um estado minimamente democrático. Apesar de tudo, ainda bem que é assim.