quinta-feira, 23 de maio de 2013

UM DESABAFO, UM DESAFIO

A política é (sempre foi e sempre será) um jogo de poder (a vários níveis), um palco de vaidades, uma forma camuflada de defender interesses de poucos em nome de muitos.
 
Mas de tempos em tempos, por todo o mundo, a política tem resolvido os reais problemas de cada nação. É tempo de ser um desses tempos.
 
Parece-me (porque será?) que em Portugal (e não só) urge a necessidade de resolver problemas.
 
É altura de perceber que o país está falido, que a sociedade e o mundo mudaram (e muito) nas últimas décadas.
 
É preciso que uns deixem-se de birras tolas, traduzidas em greves, protestos e movimentos anti-qualquer coisa, que apenas visam os seus próprios interesses, como se mais ninguém existisse à sua volta.
É o momento de outros perceberem que de nada serve um estado sem dívida e sustentável, se a sua população estiver falida e sem sustento; De que nada serve uma nação credibilizada no exterior se for odiada no interior.
 
Chega de mensagens e discursos demagógicos, com mensagens e ideias falsas de quem apenas quer chegar ao poder; chega de desculpas e subterfúgios técnicos de quem não consegue ou não sabe resolver os problemas.
 
É preciso, sem deixar cair a sua própria identidade e princípios de vida, guardar na gaveta por uns tempos os dogmas ideológicos.
 
Chega de fantasias institucionais que apenas servem para a comunicação social e preenchimento de agendas partidárias, sindicais, sociais e pessoais.
 
É fundamental que todos tenham a consciência que o mundo mudou, que Portugal não é o mesmo. É imperioso que se perceba que, de costas ou de barriga, caminhamos, indubitavelmente, para uma nova ordem económica mundial. Faz parte dos ciclos da história.
 
Será que estamos preparados para isso? Será que temos todos consciência que o mal dos outros poderá ser também o nosso mal? Que a defesa incondicional da nossa zona de conforto pode pôr em causa os alicerces do próprio meio onde nos inserimos? Teremos a elevação, o sentido e responsabilidade cívica necessária para essa tarefa? Será que queremos, de verdade, fazer mudanças?