sexta-feira, 19 de setembro de 2008

PORTUGAL É O PRÓPRIO CARTEL

"Sete empresas apanhadas pela Autoridade da Concorrência
Cartelização nas refeições lesa Estado em 172 milhões de euros"
19.09.2008 - 10h30
in PÚBLICO


SITUAÇÃO NORMAL

Este tipo de cartelização de preços é bastante comum em Portugal.
Numa pequena economia como a nossa, onde os entraves administrativos a empresas não sediadas no país é enorme, não permitindo a existência de verdadeira concorrência, e onde a fiscalização é mínima, faz com que estejam criadas as condições para este tipo de prática.

Esta prática também existe noutros sectores e, por vezes, quem a promove e/ou incentiva, são os próprios responsáveis pela aquisição de produtos e serviços.
Por isso, os únicos enganados são os contribuintes e os consumidores (nos casos de outros sectores). Em Portugal, as regras de economia de mercado, como tantas outras, estão viciadas e apenas servem para serem ultrapassadas. Basta pensar que as empresas estrangeiras a actuar em Portugal, na sua grande, grande, grande maioria, são aquelas que conseguiram acordos e benefícios do Estado. Estranho ???

Mas este tipo de burla compensa... Não há penalização, nem responsabilização para os responsáveis do estado que geriram mal os dinheiros públicos e não detectaram tais abusos, nem para empresas.
Não há penalização política, pois a escolha é mínima (PS e PSD).

Com o nosso sistema judicial inoperante, caduco, moroso, tendencioso e viciado, juntando os exemplos recentes de má condução de processos por parte do Ministério Público, tudo se resolverá com acordos e indemnizações dúbias.

Mais um espelho do país, que só não vê quem não quer.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

INSEGURANÇA GERAL

Dois homens entraram numa esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP), em Portimão, para apresentarem queixa um do outro.


Os dois indivíduos já eram conhecidos das autoridades, pois já tinham sido chamados para intervir a pedido e na residência de um deles.

A determinado momento, um deles saca de uma arma de fogo e dispara sobre o outro.


Uma agente mostra eficácia e imobiliza o autor dos disparos, evitando males maiores.


A PERGUNTA:

Como é que é possível dois civis entrarem num esquadra da PSP, sendo que um deles está armado?


Será que os detectores de metais (impostos por força da lei, para alguns estabelecimentos, serviços e outros locais), não fazem parte do vocabulário e do conhecimento das esquadras?


Será que não existem procedimentos policiais que permitam a revista de civis numa esquadra, quando existam motivos plausíveis, como foi este caso?

Será que o Ministério da Administração Interna nunca equacionou a implementação de tal medida, até para controlar possíveis desvios ou roubos de armas?


Portugal está a tornar-se num sítio perigoso para se viver, não apenas pelo aumento de criminalidade violenta mas, e principalmente, pela abstinência de execução de medidas concretas e pela leviandade dos que governam quando comentam e analisam, os cada vez mais e sucessivos, casos de crime e de violência.