(a propósito do “calvinismo moral radical” que não deixam a malta fumar em aviões)
Desculpe ir com o telemóvel na mão enquanto conduzia. Vou deixar de utilizar telemóvel.
Desculpe utilizar alface, nas saladas do meu restaurante, comprada no mercado sem factura e sem estar embalada. Vou deixar de ter alface nas saladas.
Desculpe ter esquecido de afixar o mapa de pessoal, em lugar visível, na minha empresa. Vou despedir o pessoal, para que nunca mais não haja quadro para afixar.
Desculpe ter circulado a 53 km/h na Av. Marechal Gomes da Costa, em Lisboa, e ter sido apanhado. Vou vender o carro e nunca mais vou andar de automóvel.
Desculpe ter acendido um cigarro no parque de estacionamento do centro comercial, local de qualidade ambiental imaculada. Vou deixar de utilizar parques de estacionamento subterrâneos.
Desculpe ter utilizado uma cunha no hospital, para não ter de esperar um ano para ser operado. Nunca mais quero ser operado, nem que disso dependa a minha vida.
Desculpe ter votado no PS (ainda bem que não foi o caso). Nunca mais votarei PS ou onde esteja o Engº Sócrates.
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