A Assembleia da República rejeitou um voto de pesar pelo regicídio de D.Carlos I, a propósito dos 100 anos do acontecimento.
"Um voto contra a República"; "tentativa de reescrever a história" ou de "ajustar contas com o passado" foram argumentos de alguns dos nossos 230 representantes no parlamento. Por si só, as frases dizem bem da mesquinhez política, ideológica, e intelectual destas pessoas.
Mas houve quem fosse mais longe: "Os factos históricos não podem ser objecto de julgamento político, que um século depois não faz qualquer sentido". Será que tal opinião se manteria se falássemos de Catarina Eufémia, José Moreira, Raúl Alves, Cândido Capilé, entre outros ? Ou estes casos não são factos históricos? São apenas vítimas de actos desajustados do regime e como tal merecem o nosso pesar?
Mas tudo se espera de alguém que representa um partido que mantém a convicção de que a URSS não invadiu o Afeganistão, que apenas Auschwitz é símbolo de barbárie e que os Gulag's são uma invenção do ocidente.
Há pessoas que ainda pensam que Portugal, enquanto estado-nação nasceu em 1910 ou em 1974. Deviam respeitar aquilo que representam; são 865 anos de história, dos quais, 767 foram vividos em monarquia. Isso é História, é Passado, é motivo de Orgulho. Sejamos portugueses, em primeiro lugar e, então depois, republicanos, monárquicos, católicos, laicos, comunistas, social-democratas, populares, bloquistas, socialistas ou até parvos, mas com razoabilidade e bom senso.
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