sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

DESTAQUES de 1ª PÁGINA

Pacheco Pereira tem dito em vários locais que o Jornal de Notícias (JN), constantemente, atenua ou omite factos relacionados com o Futebol Clube do Porto, além de ser um órgão de comunicação social extremamente bairrista.

Muitos têm achado um exagero e uma embirração pessoal de Pacheco Pereira.

Vale o que vale, mas ao ver a capa do JN de sexta-feira, 22 de Fevereiro, dia seguinte à qualificação de Sporting (SCP) e Benfica (SLB) na Taça UEFA, será que alguém ainda vai achar exagero ou embirração?

Eis os factos: Todos os jornais diários não desportivos que optaram por chamar à primeira página o facto da qualificação de SCP e SLB, ao optarem por colocar uma fotografia, foi sempre do jogo de Basileia e/ou de Nuremberga, sendo a única notícia relacionado com desporto, além da referência à desqualificação do Braga na mesma competição.

Pois o JN, apesar de fazer referência aos factos, destaca, com imagem em tamanho bastante significativo para a capa, o facto de Cristiano Ronaldo ter sido vítima de perseguição com um raio laser, no jogo Lyon-Manchester United, realizado na quarta-feira anterior, ou seja, já há 2 dias.
A qualificação dos 2 clubes portugueses e a desqualificação do Braga merece apenas uma chamada de atenção, bem junto aos pés de Ronaldo.



As linhas editoriais não devem ser uniformes ou regerem-se por cartilha entre todos os órgãos de comunicação social. Isso seria o oposto à liberdade editorial.

Mas a capa do JN, na minha opinião, demonstra bem a sua posição face ao país e à hierarquia de importância que dá aos vários factos a noticiar.
É só futebol, mas afinal é isso mesmo que está na génese das acusações de Pacheco Pereira e da opinião de muitos outros.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

100 ANOS DE HISTÓRIA

A Assembleia da República rejeitou um voto de pesar pelo regicídio de D.Carlos I, a propósito dos 100 anos do acontecimento.

"Um voto contra a República"; "tentativa de reescrever a história" ou de "ajustar contas com o passado" foram argumentos de alguns dos nossos 230 representantes no parlamento. Por si só, as frases dizem bem da mesquinhez política, ideológica, e intelectual destas pessoas.

Mas houve quem fosse mais longe: "Os factos históricos não podem ser objecto de julgamento político, que um século depois não faz qualquer sentido". Será que tal opinião se manteria se falássemos de Catarina Eufémia, José Moreira, Raúl Alves, Cândido Capilé, entre outros ? Ou estes casos não são factos históricos? São apenas vítimas de actos desajustados do regime e como tal merecem o nosso pesar?

Mas tudo se espera de alguém que representa um partido que mantém a convicção de que a URSS não invadiu o Afeganistão, que apenas Auschwitz é símbolo de barbárie e que os Gulag's são uma invenção do ocidente.

Há pessoas que ainda pensam que Portugal, enquanto estado-nação nasceu em 1910 ou em 1974. Deviam respeitar aquilo que representam; são 865 anos de história, dos quais, 767 foram vividos em monarquia. Isso é História, é Passado, é motivo de Orgulho. Sejamos portugueses, em primeiro lugar e, então depois, republicanos, monárquicos, católicos, laicos, comunistas, social-democratas, populares, bloquistas, socialistas ou até parvos, mas com razoabilidade e bom senso.