Eclipse - substantivo masculino - Obscurecimento moral ou intelectual; desaparecimento. in, Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
Partindo desta definição de eclipse será fácil entender o que aconteceu a Catarina e Jerónimo nos últimos meses.
Partindo desta definição de eclipse será fácil entender o que aconteceu a Catarina e Jerónimo nos últimos meses.
O silenciar repentino, o desaparecimento das parangonas, o adormecimento na defesa das "causas" do BE e do PCP, mais que tudo, tem uma razão de ser:
Garantir uma "paz podre" que permita estabilidade governativa, não por "amor à causa" do governo, mas para impedir qualquer cenário que possa viabilizar eleições antecipadas e um hipotético regresso da direita portuguesa ao poder. Este é o grande objectivo de Catarina, Jerónimo e companhia - evitar governos de direita!
Em condições de "saúde" normais, os últimos tempos seriam de êxtase para a habitual verborreia do BE e PCP. Mas o eclipse que atingiu este quarto de lua parlamentar mostra-nos a subserviência pela qual optaram viver politicamente.
Depois da tomada de posse do governo houve uma visibilidade natural dos agora eclipsados, para congratularem-se com as reversões, anulações e reposições implementadas para satisfação generalizada de gregos e troianos.
Com a chegada da campanha das presidenciais começou a fase do eclipse. Inicialmente parcial, mas claramente com sinais que iria ser total. Os resultados dessas eleições vieram confirmar o eclipse. Mais, o agrément mútuo e cordial entre PS e o recém-eleito Presidente da República, típico dos inícios de namoro, retirou o resto de moral política que restava ao BE e PCP.
Desde aí, foi o desaparecimento total!
Garantir uma "paz podre" que permita estabilidade governativa, não por "amor à causa" do governo, mas para impedir qualquer cenário que possa viabilizar eleições antecipadas e um hipotético regresso da direita portuguesa ao poder. Este é o grande objectivo de Catarina, Jerónimo e companhia - evitar governos de direita!
Em condições de "saúde" normais, os últimos tempos seriam de êxtase para a habitual verborreia do BE e PCP. Mas o eclipse que atingiu este quarto de lua parlamentar mostra-nos a subserviência pela qual optaram viver politicamente.
Depois da tomada de posse do governo houve uma visibilidade natural dos agora eclipsados, para congratularem-se com as reversões, anulações e reposições implementadas para satisfação generalizada de gregos e troianos.
Com a chegada da campanha das presidenciais começou a fase do eclipse. Inicialmente parcial, mas claramente com sinais que iria ser total. Os resultados dessas eleições vieram confirmar o eclipse. Mais, o agrément mútuo e cordial entre PS e o recém-eleito Presidente da República, típico dos inícios de namoro, retirou o resto de moral política que restava ao BE e PCP.
Desde aí, foi o desaparecimento total!
Vejamos alguns exemplos que, se fosse um governo de direita, já teriam provocado a ira dos eclipsados, dado azo a capas de jornais, fomentado campanhas "espontâneas" nas redes sociais, e talvez uma ou duas manifestações populares;
- Conselho de Estado com os convidados Mário Draghi (BCE) e Carlos Costa (BdP): Não estivesse Francisco Louçã (O Engravatado) como conselheiro de Estado, e as frases da ordem seriam "É uma afronta à soberania nacional a presença do presidente do BCE, instituição que tanto mal fez aos portugueses nos últimos 4 anos" ou "Claramente uma submissão do Sr. Presidente da República ao poder capitalista e imperialista da banca e da finança". Mas em nome das causas de esquerda, agora está tudo bem.
- Caso "Bofetadas Salutares" de João Soares: Imaginemos um qualquer ministro da direita portuguesa (PSD ou CDS-PP) escrever no seu perfil de facebook, um post onde oferecia um par de "bofetadas salutares" a um qualquer cronista ou jornalista. No mínimo, Catarina, Jerónimo e companhia apelidariam de "fascismo", "censura", "prepotência" e, naturalmente, pediriam a demissão imediata! Uns suaves laivos de crítica foi tudo o que se ouviu... e apenas do BE.
- Demissão de João Wengorovius Meneses: Se algum secretário de Estado do anterior governo se demitisse por estar "em profundo desacordo com o modo de estar no exercício de cargos públicos" do seu ministro, o «SOS Indignados» que costumavam ser BE e PCP, já teriam exigido(!) uma comissão parlamentar para esclarecer o significado de tais palavras. Já teriam feito um ultimato ao ministro para que pudesse esclarecer o parlamento sobre o que se passou. Agora? Um eclipse total!
- Colégio Militar e demissão do CEME: Reconheço que BE e PCP não costumam dar muita atenção aos assuntos que envolvem as Forças Armadas. Mas não me parece que perante um "bombom" desta natureza, caso a tutela fosse liderada por um "imperialista de direita", deixaríamos de ouvir Catarina e Jerónimo. "Um abuso discriminatório da autoridade militar", "ingerência ministerial" ou algo muito semelhante, teriam sido as palavras de ordem. Nos tempos que correm, nem audições ao ministro aprovam. Para a história ficam apenas as declarações de Vasco Lourenço, esse pai da democracia portuguesa.
- Diogo Lacerda Machado, a.k.a., The New Carlos Santos Silva: Apesar de algumas críticas iniciais, o fulgor de outrora desapareceu dos combativos camaradas bloquistas e comunistas. Por esta altura, caso fosse um governo de direita, já Manuel Tiago ou Mariana Mortágua teriam vindo apresentar uma compilação das ligações "estranhas" entre Lacerda e o estado. Já estaria em marcha o discurso oficial sobre os "boys da direita". A criatividade já tinha feito uma campanha gráfica nas redes sociais intitulada "Lacerda Papers". Agora é só picar o ponto ao de leve, não vá alguém achar que o governo pode cair.
- Elisa Ferreira: Ao que parece, já houve elogios pela escolha de Elisa Ferreira para o BdP, vindas de todos os quadrantes políticos. Ao que chegámos.... Pois fosse Elisa uma qualquer deputada europeia e economista, que fizesse parte desses "capitalistas políticos do PPE", indicada por um qualquer "governo explorador de direita", e já haveria novos tumultos na política portuguesa. Acusações de "querer controlar partidariamente o regulador" seriam as capas de jornais citando as declarações de Catarina e/ou Jerónimo. Mas os tempos não são para isso. Agora, todos (excepto Maria Luís Albuquerque) são honestos e isentos.
Em suma, BE e PCP venderam a alma política, não ao diabo, mas a António Costa.
O preço?
O eclipse político total, o abandono das causas, o silenciar dos protestos.
A recompensa?
Um governo que não seja de direita.
Os danos colaterais?
A CGTP e o seu líder (aquele que disse de Abebe Selassie ser o "rei mago escurinho") que já não organiza tantas passeatas por Lisboa.
O brinde?
A comunicação social com a ausência de manchetes que possam equacionar um cenário de eleições antecipadas.
A dúvida?
Quanto tempo aguentarão o eclipse, quanto tempo conseguem viver na caverna política?