Quando uma sociedade se rege por "princípios" de "igualdade" e "não discriminatórios", fundamentados em teorias pseudo-intelectuais e em "moralidades" que mais não são do que hipocrisias e demagogias utópicas disfarçadas de comportamentos politicamente corretos, algo vai mal.
E pior é quando assistimos ao aplauso de uns e à submissão de outros a estas políticas e comportamentos.
Vem isto a propósito da notícia que nos dá conta de que os Happy Meals da cadeia McDonalds vão deixar de ser para o "menino" ou para "menina".
Há algum mal nesta decisão? Nenhum. Até concordo com a opção da empresa. Não teria mal nenhum se fosse por opção estratégica de marketing, por opção financeira, ou por simples capricho dos decisores da empresa.
Mas não. É tudo em nome do hipocritamente correcto. A própria empresa subjuga-se ao hipocritamente correcto dizendo que "tendo analisado a situação, reconhecemos que esta situação pode ser mal
interpretada e no futuro usaremos outra forma verbal de modo a
certificar que não estamos involuntariamente a influenciar a escolha e
variedade de brinquedos dos nossos jovens clientes."
E o aplauso alucinado e hipocritamente correcto não tardou. Da parte do governo, a Secretária de Estado da Igualdade diz que "Não há brinquedos de menino e de menina. Aquilo que se lê naqueles
questionários e a prática de dividir brinquedos por sexo é uma atitude
discriminatória que reforça os estereótipos de género. Obviamente não
podemos [o governo] concordar com essa discriminação."
Não deve tardar que outros paladinos da moralidade e defensores da liberdade de todos, desde que seguida pela cartilha que defendem, venham aplaudir e clamar por mais "proactividade para a mudança".
A pergunta que se impõe: Porquê tratar por igual aquilo que não é igual?
A resposta: Porque vivem-se tempos do hipocritamente correcto, da demagogia "popularucha", dos ideais utópicos.
As raparigas são diferentes dos rapazes. O feminino é diferente do masculino.
Se devem ter as mesmas oportunidades? Os mesmo direitos? O mesmo respeito? Inequivocamente, sim! Mas continuam a ser diferentes.
Aproveito para deixar a outras empresas e aos ideólogos do hipocritamente correcto algumas sugestões:
- Acabar com casas de banho diferenciadas nos locais de trabalho e públicos;
- Eliminar as secções de homem e mulher em todas as lojas de roupa, perfumarias e afins;
- Proibir qualquer referência ao género - masculino e/ou feminino - em toda a publicidade, principalmente na de artigos de higiene íntima;
- Não separar os brinquedos nas lojas por género, tipo, material ou outro qualquer sinal distintivo;
- Eliminar a menção ao sexo no Cartão de Cidadão e nos demais documentos oficiais;
- Proibir qualquer pergunta em questionários oficiais sobre o sexo e/ou género;
- Proibir o slogan «É p'ró menino e p'rá menina. Há fruta ó chocolate».
Todas estas sugestões, obviamente, apenas visam a eliminação de "uma atitude discriminatória que reforça os estereótipos de género" e fomentar uma atitude que não esteja "involuntariamente a influenciar a escolha e variedade" dos cidadãos e clientes. Só assim teremos uma sociedade mais justa, mais igualitária.
Como se costuma dizer: Haja paciência!!!
E claro, três vivas ao hipocritamente correcto!