Um deputado do PCP defendeu hoje no parlamento que o passe social é um incentivo à mobilidade dos cidadãos para o trabalho, mas também para a cultura e lazer.
Na prática, o deputado em causa acha que o estado (ou seja, todos nós) deve subsidiar indiscriminadamente todos os cidadãos no acesso aos transportes públicos, independentemente da condição financeira ou o uso que lhe é dado.
Terá o estado a obrigação de contribuir para as deslocações de lazer e cultura de cada um de nós?
Na prática, o deputado em causa defende que o estado deve subsidiar o "meu" transporte para que eu tenha disponível cinco euros para pagar por uma bifana e uma cerveja mais 30 euros do bilhete do futebol. Ou que a poupança conseguida com o passe social possa dar para o bilhete de três dias do festival de música, pela módica quantia de 90 euros.
Promover o uso dos transportes públicos é correcto, mas não pode o estado subsidiar tudo e todos, para tudo e mais alguma coisa.